terça-feira, 16 de dezembro de 2008

ALERGIA AO LEITE DE VACA E ALIMENTAR: CUIDADOS A SEREM TOMADOS

O ponto principal do tratamento da Alergia a Leite de Vaca é realmente a exclusão do leite de vaca e derivados, o que implica na capacidade de identificação das diferentes proteínas do leite, muitas vezes descritas através de termos pouco conhecidos para o leigo. Assim, queremos enfocar a necessidade da leitura atenta dos rótulos dos produtos industrializados e para isto ser realizado de forma adequada, segue uma lista de sinônimos de “leite”, que deverão ser rastreadas nestes produtos antes do consumo:caseína, caseinatos, hidrolisados (de caseína, de proteínas do leite e do soro), lactoalbumina, beta-lactoglobulina, soro de leite, creme de leite.As indústrias de alimentos geralmente divulgam uma lista de seus produtos isentos de leite de vaca. Pode-se solicitar esta relação através do contato com o SAC das respectivas empresas. Pelo fato de existirem freqüentes modificações dos ingredientes destes produtos, é necessário que a lista esteja atualizada e conferida antes do consumo.Existem algumas receitas de pratos triviais (bolo, brigadeiros, tortas, etc), que substituem o leite por outros produtos, como leite de soja, água ou sucos. Se houver a possibilidade de utilizar fórmulas de soja, estas seriam boas opções para serem utilizadas no preparo dos pratos.No Empório da APAE em SP e na Associação de Celíacos ( ACELBRA) é possível encontrar produtos sem leite , mas a opção de receitas caseiras também pode ser contemplada, seguindo as orientações anteriormente citadas. Nossa sugestão mais importante é que tenha uma conversa esclarecedora com seu alergista e, se possível, com uma nutricionista. A avaliação das necessidades nutricionais de sua filha e as opções alternativas de dietas devem ser analisadas individualmente e baseadas nos diagnósticos estabelecidos.Chamamos também a atenção as reações adversas aos aditivos químicos alimentares cuja prevalência é de 0,01 a 0,23% na população geral. O metabissulfito de sódio causa reações mais freqüentes (urticária e exacerbação da asma)O citrato de sódio, usado como anti-oxidante, pode causar reações alérgicas, além da queda da pressão arterial, vermelhidão da pele e dor de cabeça; porém, mais raramente que os sulfitos.As reações às proteínas do arroz, são mais raras, havendo poucos relatos na literatura médica sobre o assunto, sendo casos isolados os encontrados. As fórmulas hidrolizadas das proteínas do arroz são menos alérgênicas, sendo inclusive, alternativas alimentares para as crianças com alergia ao leite de vaca; excetuando as portadoras de enterocolite induzidas pelo leite de vaca e soja.

O que é anafilaxia?

Anafilaxia é uma reação alérgica grave, que leva a acometimento de todo o organismo; leva a dificuldade de respiração, perda de consciência e por vezes a morte, quando não tratada imediatamente.

O leite materno pode prevenir doenças alérgicas?

Sim, o leite materno, pelo período de no mínimo 6 meses, fortalece o sistema imunológico do lactente, sendo útil na prevenção de doenças respiratórias e conseqüentemente da asma; além de prevenir alergias alimentares, uma vez que seu uso exclusivo por 6 meses no lactente retarda a exposição do lactente e a sensibilização a alérgenos alimentares.

RECONHECENDO OS PRINCIPAIS DESENCADEANTES DA ASMA E DA RINITE ALÉRGICA

A asma é uma doença crônica que acomete 10% da população brasileira. Sendo responsável, anualmente, por 400.000 internações hospitalares, 2.000 óbitos, número incontável de atendimentos ambulatoriais,principalmente em salas de urgência, e de faltas ao trabalho e a escola.
Essa doença é caracterizada por: tosse, sensação de aperto no peito, respiração curta e chiado no peito.
Se você tiver asma, os sintomas podem ser reduzidos, caso evite os fatores que provocam seus sintomas e venha a trabalhar junto com o seu médico, para desenvolver um plano adequado para o combate e prevenção das crises.
Os principais fatores desencadeantes de asma são:
- alérgenos (poeira, mofo, epitélio de animais) e fatores irritantes;
- infecções virais ou dos seios da face;
- exercício;
- doença do refluxo gastroesofágico;
- medicações ou alimentos;
- ansiedade (fatores emocionais)
A rinite alérgica é considerada um fator de risco para asma. Aponta-se que até cerca de 78% dos pacientes com asma têm também rinite alérgica (http://www.sbai.org.br/publico2.htm). Os sintomas de ambos podem ser desencadeados pelos mesmos alérgenos. Estes podem também incluir polens e mofos transportados pelo ar (em determinadas épocas do ano - http://www.sbai.org.br/publico4.htm), pêlos de animais (flocos inoperantes da pele), os ácaros da poeira de casa e da barata. (http://www.sbai.org.br/publico1.htm)
Se sua asma for provocada por alérgenos é importante evitar a sua exposição a eles. Informe-se com seu alergista/imunologista sobre as recomendações e as medidas de controle do ambiente que ajudam evitar os alérgenos.
Algumas substâncias não alergênicas também desencadeiam asma porque agravam a rinite alérgica. Estas substâncias, chamadas irritantes, podem provocar a asma. alguns exemplos incluem:
- Os poluentes do ar, tais como a fumaça de cigarro, a da combustão da madeira, os produtos químicos no ar e o ozônio;
- exposição ocupacional a alérgenos e aos vapores, à poeira, aos gases ou às emanações;
- odores fortes ou pulverizadores, tais como perfumes, produtos de limpeza da casa emanações do ato de cozinhar (especialmente algumas frituras), pinturas ou vernizes;
- outras particulas transportadas pelo ar, tais como a poeira de carvão, o pó de giz ou o pó do talco; condições de mudança como: temperatura e umidade, pressão barométrica ou ventos fortes.
Todos estes irritantes podem agravar a asma, principalmente o cigarro (tabaco). Diversos estudos relataram uma incidência aumentada de asma nas crianças cujas mães fumam. Niguém deve fumar na presença de um asmático, assim como no interior do seu quarto.