Segundo pesquisas do IBGE a obesidade vem crescendo anualmente, de forma preocupante. O país apresenta 40% de adultos acima do peso.
A industrialização nos trouxe vários equipamentos que facilitam a nossa vida, contudo; trouxe também as comidas instantâneas , e fast foods, desta forma passamos a consumir mais calorias na alimentação e gastar menos calorias nos afazeres. Obtemos um acumulo de calorias que fica no corpo. Porém; para apresentação de um corpo obeso atribui-se outras causas além da alimentar como: fatores genéticos, psicológicos, e metabólicos.
Como a psicologia pode ajudar o obeso?
Observe esta situação: quando um bebê chora, sua mãe oferece-lhe o peito. Assim ele passa a associar comer com conforto, bem-estar, afeto. Muitos adultos continuam a fazer esta associação o que lhe traz um prejuízo na saúde, na estética, e no psicológico (depressão, baixa auto-estima, angústia...).
Ocorre uma distorção das emoções, a pessoa esta deprimida, come. Esta angustiada, come. Ansiosa, come. A terapia traz possibilidades para cuidar de um outro peso, o peso das emoções distorcidas. São distorcidas pois; a mente sabe que se deve comer alimentos saudáveis e fazer exercício. Porque não fazemos então? Não fazemos porque as emoções distorcidas não tem habilidades para transformar o que a mente sinaliza em prática. Por isso é comum aparecerem as seguintes frases:
-“Na segunda-feira começo a dieta!”
-“Amanhã me matriculo na academia!”
Muitas vezes engordar é um escape para lidar com dificuldades do dia-a-dia, com estas emoções que fazem com que os obesos tenham dificuldade de diferenciar a fome de sensações desagradáveis, como o desconforto, a ansiedade. Sendo assim, ele percebe todo mal-estar como fome. Surge nestes casos a compulsão pelo alimento, que irá proporcionar um prazer momentâneo, e logo a seguir a culpa.
A terapia traz possibilidades de diferenciar a fome, restabelecendo a auto-imagem; auto-estima, motivação.É uma aposta de que as palavras traduzam este sofrimento mudo, favorecendo a troca de prazer. E a resposta a um questionamento que se apresenta numa das músicas dos Titãs; “você tem fome de que?”
Um abraço.
Drª Ana Beatriz Vidal
Psicóloga
CRP 0534752
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