O câncer de laringe ocorre
predominantemente em homens e é um dos mais comuns entre os que atingem a
região da cabeça e pescoço. Representa cerca de 25% dos tumores malignos que
acometem essa área e 2% de todas as doenças malignas. A ocorrência pode se dar
em uma das três porções em que se divide o órgão: laringe supraglótica, glote e
subglote. Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na corda vocal verdadeira,
localizada na glote, e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas
vocais). O tipo histológico mais prevalente, em mais de 90% dos pacientes, é o
carcinoma epidermoide.
SINTOMAS
Os sintomas estão diretamente ligados
à localização da lesão. Assim, a dor de garganta sugere tumor supraglótico, e
rouquidão indica tumor glótico ou subglótico. O câncer supraglótico geralmente
é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia
leve (dificuldade de engolir) e sensação de "caroço" na garganta. Nas
lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na
garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
Detecção precoce
O sintoma mais comum é a rouquidão
persistente e sem causa aparente. Ela é diferente da rouquidão relacionada ao
esforço vocal ou à laringite ligada a processos gripais, pois não vem
acompanhada de febre ou dor, é progressiva e persiste. As demais, normalmente,
evoluem para a cura. Se não houver tratamento na fase inicial do câncer, a
rouquidão pode evoluir para dor durante a deglutição (ato de engolir) e falta
de ar. Na fase mais avançada, podem aparecer nódulos no pescoço. Caso tenha
rouquidão, sem motivo aparente por mais de duas semanas, procure um médico.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer da laringe é
histopatológico. A biópsia é obrigatória antes de qualquer planejamento
terapêutico, pois a laringe pode abrigar tipos diversos de lesões benignas que
aparentam malignidade. A biópsia pode ser realizada sob anestesia local, com
uso de endoscópios flexíveis dotados de canal de biópsia, ou sob anestesia
geral e laringoscopia direta. O estadiamento em que se encontra o tumor e suas
características determinarão a escolha do melhor tratamento do ponto de vista
oncológico e funcional.
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